C1176. Autoavaliação das escolas - da estratégia à operacionalização turma A-25_26
Apresentação
O Decreto-Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, ao definir a obrigatoriedade da autoavaliação das Escolas, tornou clara a importância da implicação e do envolvimento de todas as pessoas da comunidade educativa no processo de melhoria do serviço educativo e da organização da própria escola. São os processos de autoavaliação das escolas que permitem que a tomada de decisões informadas e contextualizadas, a partir da triangulação de um conjunto de dados. Ao mesmo tempo, esta prática é apontada por Bolívar (2019) como uma prática de liderança pedagógica comprometida com a melhoria do sucesso educativo dos seus alunos e alunas. É neste sentido que surge este curso de formação com o objetivo de apoiar as escolas a aprofundar os seus processos de monitorização interna, envolvendo todos os docentes e membros da comunidade mais alargada nesta reflexão. Assim, entende-se a autoavaliação das escolas como um processo de natureza essencialmente formativa e conducente a uma melhoria global e sustentada de todos os dispositivos, estratégias e práticas que visem uma educação de qualidade, simultaneamente, em termos científicos, pedagógicos e democráticos (Afonso, 2010, p. 358). Sustentado no trabalho colaborativo, numa atitude dialógica e reflexiva, reforça-se a autonomia da organização escolar.
Destinatários
Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
- Aprofundar o conhecimento sobre os pressupostos e finalidades dos processos de autoavaliação; - Aprofundar o conhecimento sobre os métodos de recolha e análise dos dados; - Envolver os professores e promover o debate, sobre os processos de decisão e monitorização da ação; - Promover a capacidade reflexiva dos professores, tão necessária à promoção da coerência na decisão e ação curricular que desenvolvem nas escolas; - Promover a criação de mecanismos que facilitem a articulação dos diferentes instrumentos de gestão da escola e os processos/dispositivos de avaliação; - Vivenciar e refletir sobre as experiências de colaboração experienciadas que possam suportar a transição de uma cultura individualista para uma cultura de cooperação ao nível do trabalho docente; - Desenvolver um modelo de avaliação que permita a análise das práticas ao nível da dimensão da gestão organizacional e da dimensão pedagógica de forma integrada e contextualizada.
Conteúdos
Esta é uma ação de formação que totaliza 25 horas de formação de caráter teórico-prático, em regime misto (b-learning), encontrando-se organizada em função de quatro módulos de conteúdos. Módulo 1 (6h): Pressupostos e finalidades dos processos de autoavaliação - Enquadramento legal da avaliação das escolas; - Avaliação interna e avaliação externa das escolas; - Quadro de referência da avaliação externa das escolas Módulo 2 (6h): 5 Dimensões e Práticas para uma liderança eficaz - A escola como organização aprendente - A importância da autoavaliação - Articulação com o Projeto Educativo e os normativos legais em vigor; Módulo 3 (6h): Métodos de recolha e análise dos dados - Métodos de recolha de dados; - Métodos de análise e tratamento dos dados; - Triangulação metodológica; Módulo 4 (6h): Planeamento estratégico da ação - Plano de ação definição de domínios; indicadores e metas. Avaliação do curso de formação (1h)
Metodologias
O planeamento dos conteúdos da ação, conforme mencionado anteriormente, totaliza 25 horas de formação de carácter teórico-prático em regime misto. O trabalho será desenvolvido a partir da cooperação e do enquadramento teórico em torno da construção de recursos e instrumentos contextualizados à realidade de cada uma das escolas. O debate e a reflexão sobre a implementação das estratégias construídas pelo grupo constituirão a modalidade presente com vista à discussão e realização das possíveis mudanças que possam ser adotadas. A formadora disponibilizará aos formandos, materiais complementares de aprofundamento teórico. Tais materiais serão um suporte à produção individual do relatório final, que constitui a componente do trabalho individual.
Avaliação
- Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais. - A avaliação dos formandos será contínua e participada por todos os intervenientes e assentará na participação nas dinâmicas das sessões presenciais, bem como na elaboração de um trabalho individual/documento final de reflexão crítica individual sobre a experiência pessoal derivada da participação na Ação e implicações na prática letiva, de acordo com os critérios previamente estabelecidos ao nível do Centro de Formação, com a legislação em vigor e com as orientações do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua; - A avaliação dos formandos é quantitativa e expressa numa escala de 1 a 10, com a correspondente menção qualitativa, conforme referencial constante da legislação em vigor e que a seguir se explicita: Excelente de 9 a 10 valores; Muito Bom de 8 a 8,9 valores; Bom de 6,5 a 7,9 valores; Regular de 5 a 6,4 valores; Insuficiente de 1 a 4,9 valores.
Bibliografia
Afonso, Janela, Almerindo (2010). Políticas educativas e autoavaliação da escola pública portuguesa: apontamentos de uma experiência. Estudos em Avaliação Educacional, vol. 21, n. 46, pp. 343-362.Amado, João (2014). Manual de Investigação Qualitativa em educação (2ª ed.). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.Bolívar-Botía, A. (2021).Bolívar, Antonio (2014). La autoevaluación en la construcción de capacidades de mejora de la escuela como comunidad de aprendizaje profesional. Revista Portuguesa de Investigação Educacional, vol. 14, pp. 9-40Bolivar, A. (2014). Melhorar os processos e os resultados educativos. O que nos ensina a investigação. Melhorar a Escola. Sucesso Escolar, Disciplina, Motivação, Direção de Escolas e Políticas Educativas. J. Machado and J. M. Alves. Porto, Universidade Católica Editora: 107-121. Stake, Robert E. (2006). Evaluación compreensiva y evaluación basada em estándardes. Barcelona: Editora Graó.
Observações
Nota: esta ação é considerada como efetuada na dimensão científico-pedagógica de todos os grupos de recrutamento, ao abrigo do estabelecido no artº 3º do Despacho nº 779/2019, publicado em 18 de janeiro do Diário da República, 2ª série, nº 13, com a nova redação que lhe foi conferida pelo artº 2º do Despacho nº 4840/2023, de 21 de Abril de 2023.
Formador
Daniela Ferreira
Cronograma
| Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
| 1 | 14-01-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Presencial |
| 2 | 28-01-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Presencial |
| 3 | 04-02-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Online síncrona |
| 4 | 11-02-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Presencial |
| 5 | 25-02-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:30 | 4:00 | Online síncrona |
| 6 | 04-03-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Online síncrona |
| 7 | 18-03-2026 (Quarta-feira) | 14:30 - 18:00 | 3:30 | Presencial |